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Histórico

Publicado: Terça, 19 de Março de 2019, 16h19 | Última atualização em Quarta, 27 de Março de 2019, 08h05 | Acessos: 8552

    A partir da realização dos Jogos Pan-americanos de 2007, a Vila Militar do Rio de Janeiro tornou-se uma opção para grandes eventos esportivos, consolidada com a realização dos V Jogos Mundiais Militares em 2011 e a vitória da candidatura da cidade para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

   A construção de arenas esportivas de nível internacional, financiadas pelo Governo Federal, em áreas jurisdicionais ao Exército, deu origem ao Legado Olímpico gerenciado pelo Centro de Capacitação Física do Exército, o qual é composto pela Arena Poliesportiva Coronel Wenceslau Malta, Centro Militar de Tiro Esportivo (CMTE) - Tenente - Coronel Guilherme Paraense, Centro de Treinamento de Hóquei sobre a Grama - Sargento João Carlos de Oliveira e Parque Equestre General Eloy Menezes (www.eseqex.eb.mil.br). 

    Durante os Jogos Rio 2016, essas quatro Arenas sediaram ao todo, 07 modalidades olímpicas (basquete feminino, pentatlo moderno, tiro esportivo, hóquei sobre a grama, hipismo salto, hipismo adestramento e hipismo CCE) e 03 paralímpicas (esgrima em cadeira de rodas, tiro esportivo e hipismo adestramento).

    As instalações gerenciadas pelo Centro de Capacitação Física do Exército em Deodoro integram, junto com o Parque Olímpico da Barra, o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), que ocupará o topo da Rede Nacional de Treinamento, formando um legado para a excelência do esporte brasileiro.

ARENA CORONEL WENCESLAU MALTA

     A obra foi iniciada em abril de 2014 e foi concluída em outubro de 2015, tendo como órgão executor a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ) e como ente financiador o Governo Federal. 

     Como evento teste dos JOP Rio 2016 foi realizado nesse espaço a segunda etapa da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno no período de 10 a 14 de março de 2016. 

    Também conhecida nos JOP Rio 2016 como Arena da Juventude, é uma instalação poliesportiva permanente construída para sediar nas olimpíadas, as partidas preliminares do basquetebol feminino e para as disputas do pentatlo moderno na modalidade esgrima e para receber nas Paraolimpíadas, a esgrima em cadeira de rodas.

    Para a disputa de basquete feminino, foram erguidas arquibancadas temporárias em todos os lados da quadra com capacidade para 5.000 pessoas. O conceito de criar um “bowl” (tigela, em inglês), em que o público envolve os jogadores, é utilizado em arenas esportivas para proporcionar uma atmosfera de espetáculo.

     Já na competição de esgrima do pentatlo moderno, que requer maior espaço em relação ao basquete, as arquibancadas foram reduzidas para 4.000 assentos e ocuparam apenas as laterais. No legado, a instalação esportiva dispõe de 2.000 assentos permanentes na arquibancada fixa construída no fundo do ginásio.

    A instalação foi construída estrategicamente nessa região da cidade, ampliando o legado dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e proporcionando um aumento significativo de jovens das comunidades do entorno nas atividades esportivas.

    O coronel Malta destacou-se como atleta no pentatlo moderno, tendo participado de dois campeonatos sul-americanos, dois pan-americanos, sete mundiais e dois jogos olímpicos.
    Wenceslau Malta representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne, onde alcançou a 31ª colocação, e nos Jogos Olímpicos de 1960 em Roma, onde ficou na 32ª posição no individual e 13ª por equipes. Foi campeão individual nos Jogos Pan-Americanos de 1959, em Chicago, e conquistou também a medalha de prata por equipe.

CENTRO MILITAR DE TIRO ESPORTIVO TENENTE-CORONEL GUILHERME PARAENSE

    O local foi construído para os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 nos mesmos moldes do Estande de Tiro das Olimpíadas de Sydney – 2000, tendo recebido em 2011 os V Jogos Mundiais Militares.
    Para a realização dos Jogos Rio 2016, precisou de obras que foram iniciadas no final de 2014 e concluídas no segundo trimestre de 2016, tendo como órgão executor a Prefeitura e como ente financiador o Governo Federal.
    Como Evento – Teste das Olimpíadas, realizou o Campeonato do Mundo de Tiro Esportivo no período de 14 a 25 de abril de 2016.

    Também conhecido nos Jogos Rio 2016 como Centro Olímpico de Tiro Esportivo, recebeu nas Olimpíadas e Paraolimpíadas as provas de Carabina deitado 50 m, Carabina 3 posições 50 m, Carabina de ar 10 m, Pistola 25 m, Pistola 50 m, Pistola de tiro rápido 25 m, Pistola de ar 10 m, Fossa olímpica, Fossa double e Skeet.
    A capacidade de assentos para os Jogos Olímpicos foi: de 1.000 assentos para Preliminares de Tiro ao Prato; 2.000 assentos para as Finais de Tiro ao Prato; 1.600 assentos para as Finais de Tiro; 1.000 assentos para o Alvo a 10m; 750 assentos para Alvo a 50m e 500 assentos para Alvo a 25m.
    O Centro Militar de Tiro Esportivo já era e vai continuar sendo utilizado como centro de treinamento de alto desempenho, essa instalação está totalmente integrada ao Centro Olímpico de Treinamento (COT), deixando um legado para todas as Modalidades do Tiro Esportivo e é um importante centro deste esporte para o Brasil. É um local de treinamento e competição , utilizado diariamente por atletas da Confederação Brasileira de Tiro e das Forças Armadas do Brasil, que apoiam a constante operação e manutenção do Centro.

    Guilherme Paraense, tenente do Exército Brasileiro, primeiro atleta a ganhar uma medalha de ouro olímpica para o Brasil. Tal feito aconteceu em 03 de agosto de 1920, nos VII Jogos Olímpicos de Antuérpia, Bélgica, na competição de Tiro ao Alvo. O atirador obteve 274 pontos, dos 300 possíveis, na prova de revólver, a 30 metros sobre silhueta, em pé.

    Também integrou a equipe que ganhou a medalha de bronze, com pistola livre, na mesma Olimpíada.

 

CENTRO DE TREINAMENTO DE HÓQUEI SOBRE A GRAMA
SGT JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA

    A instalação foi construída para os Jogos Pan-Americanos Rio 2007, sendo utilizada para os Jogos de Hóquei no Pan e para o Futebol de 5 (deficientes visuais) e Futebol de 7 (deficientes neurológicos) no Parapan. Na época foi denominada Centro Nacional de Hóquei.
    Para a realização dos Jogos Rio 2016, as instalações foram totalmente reconstruídas com o objetivo de garantir o pleno atendimento aos requisitos e exigências referentes às Competições Olímpicas. As obras foram iniciadas em abril de 2014 e concluídas no segundo trimestre de 2016, tendo como órgão executor a Prefeitura e como ente financiador o Governo Federal.
    Um dos maiores desafios do projeto foi implantar os campos das duas arenas, que têm quase a dimensão de um campo de futebol cada (91,4 metros de comprimento por 55 metros de largura), além de um campo de aquecimento com metade do tamanho das arenas (45,7m x 55m), em um lote com divisas muito irregulares com poucos acessos e com uma área pré-definida esguia. O campo de aquecimento está localizado entre as arenas.
    Havia ainda a necessidade de as arenas serem posicionadas na orientação solar correta (Norte-Sul) e proporcionar espaços para uma série de equipamentos temporários de apoio como arquibancadas, tendas de alimentação e acessos para as áreas de operações dos Jogos.
    Como Evento – Teste das Olimpíadas, realizou o Campeonato Internacional de Hóquei sobre a grama no período de 24 a 28 de novembro de 2015.

    Durante os Jogos Olímpicos a capacidade da quadra principal era de 8.000 assentos, sendo 2.500 em arquibancada permanente e 5.500 em arquibancada temporária. Na quadra secundária a capacidade era de 5.000 assentos em arquibancada temporária.

    Como legado, foram mantidas as áreas essenciais para treinamento e formação de atletas, como as duas arenas, o campo de aquecimento, parte da arquibancada e a marquise com vestiários, depósitos e escritório.
    Em 1975, o 3º Sargento João Carlos de Oliveira, mais conhecido como João do Pulo, participou da Copa Latina, realizada no Rio de Janeiro, quando obteve a marca de 8,20m no salto em distância, e a marca de 16,74m no salto triplo. Neste mesmo ano, nos Jogos Pan-americanos do México, obteve a assombrosa marca de 17,89m no salto triplo, estabelecendo assim, um novo recorde mundial, pan-americano, sul-americano, brasileiro e do Exército.
    Em 1979, no encontro Citá di Rieti (Rieti), estabeleceu um novo recorde sul-americano para o salto em distância, com o registro de 8,36m. Ainda neste mesmo ano, participou da Copa do Mundo de Atletismo, em Montreal, onde conseguiu a marca de 17,02m para o salto triplo. No ano seguinte, por ocasião do Campeonato Mundial de Atletismo Militar, patrocinado pelo CISM e realizado na cidade de São Paulo, igualou o recorde mundial militar dos 100m rasos, com o tempo de 10,1 segundos, sendo o melhor resultado brasileiro até os dias de hoje.
    Em 1981, concluiu com bom aproveitamento o Curso de Monitor, na Escola de Educação Física do Exército. Participou da Copa do Mundo de Atletismo, em Roma, conquistando mais uma vez o 1º lugar, onde conseguiu a marca de 17,37m no salto triplo, e também do Campeonato Sul-americano de Atletismo, em La Paz, onde obteve o 1º lugar e o registro de 17,05m.
    Na noite de 22 de dezembro deste mesmo ano, um trágico acidente na Via Anhangüera (no trecho Campinas – São Paulo), atinge quase mortalmente o grande ídolo das pistas atléticas, só não o matando graças às suas excepcionais condições morais e atléticas.
    Na manhã do dia 9 de setembro de 1982 (5ª feira), no Centro Ortopédico do Hospital das Clínicas de São Paulo, João do Pulo teve a perna direita amputada (poucos centímetros abaixo do joelho), após 261 dias de tentativas para salvar a perna que fora dilacerada no acidente.
    Para sintetizar o que ainda representa o homem JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA, republicamos um trecho do jornal O Globo, do dia 10/set/82 (pág.20): “Foi-se o atleta, ficou o homem . Pelo que ele demonstrou de coragem e capacidade de sacrifício, enquanto durou a terrível luta contra a mutilação, João do Pulo ainda tem muito a dar ao esporte brasileiro. Uma contribuição que, pelo exemplo, poderá ser até mais valiosa do que aquela representada pelas belas proezas de seus saltos recordistas.”

 


 

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